Destaques
Pedro Mujo, antigo Técnico de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), prepara-se para lançar um romance intitulado "Living Space - No Silêncio dos Sentidos". O livro será apresentado na cidade do Porto no dia 10 de dezembro.
De acordo com Pedro Mujo, a obra aborda a realidade daqueles que se encontram em busca de um sentido para a vida, enfrentando batalhas diárias condicionadas por limitações físicas e sensoriais, pela saúde mental, preconceito e falta de informação. O autor conta que se serviu da sua experiência enquanto TEPH "ao serviço do INEM durante dez anos" para a construção da história, nomeadamente num episódio em que é "descrito com grande pormenor um pedido de ajuda, assim como todos os passos inerentes de uma chamada para o 112 e os subsequentes aconselhamentos durante uma chamada real, onde é necessário aplicar o Suporte Básico de Vida (SBV) até à chegada de apoio de emergência ao local".
“Living Space - No Silêncio dos Sentidos” será apresentado já no próximo dia 10 de dezembro, pelas 16h30, na galeria de arte AL859 Art Space, no Porto. Posteriormente, no dia 2 de março de 2024, pelas 15h00, no café concerto do Fórum Maia, da Câmara Municipal da Maia, numa iniciativa que conta com o apoio e promoção da Biblioteca da Maia.
“Como será viver uma vida sem um dos sentidos?
Joana, cega, sonha com o amor, mas a sensação de ser diferente mantém-na isolada. Será ela algum dia capaz de amar?
Samanta começa a sentir-se atraída pelo universo de mulheres que a rodeiam, movendo-a um desejo de partilhar o seu amor com aquelas que são do mesmo sexo. David vê o seu mundo meticuloso abalado quando uma misteriosa mulher de cabelos vermelhos invade a sua vida, despertando-o para uma volúpia arrebatadora.
Uma obra onde se cruzam várias histórias de amor atravessando pontes de erotismo, em busca de um sentido de existência. Numa viagem pelos sentidos, as linhas deste livro respiram esperança e mudança num mundo em busca de liberdade.”
A Parceria Europeia para Avaliação de Riscos Químicos (PARC), da qual o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) faz parte, através dos seus departamentos de Epidemiologia, de Genética Humana e de Saúde Ambiental, acaba de lançar a plataforma PARCopedia. Aberta a toda a comunidade de avaliação de riscos químicos, esta ferramenta tem como objetivo a interação entre os utilizadores, fomentando a partilha de conhecimento e a troca de ideias e de pontos de vista, contribuindo assim para a inovação nesta área.
Na PARCopedia, investigadores, reguladores e legisladores que trabalhem na área da avaliação de riscos químicos poderão aceder a informações sobre produtos químicos, conceitos, métodos e atividades relacionadas com a inovação na avaliação de riscos químicos através da Wiki, bem como ficar a par de notícias, eventos e oportunidades de emprego através do painel de controlo da plataforma.
Os utilizadores da ferramenta terão ainda a possibilidade de utilizar o seu perfil na PARCopedia para partilhar informações com outros membros da comunidade e divulgar o seu trabalho e experiência, assim como participar em discussões com outros membros da comunidade nos grupos públicos e privados da plataforma. O registo é gratuito e pode ser feito em através deste link.
Contando com um orçamento total de 400 milhões de euros e cofinanciamento do atual Programa-Quadro de Investigação e Inovação da União Europeia Horizonte Europa, a PARC teve início em maio 2022 e terá a duração de sete anos, sendo um dos maiores projetos do género atualmente em curso na Europa. Para mais informações, consultar o site ou as redes sociais da PARC (Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn).
Enquanto entidade colíder da PARC, o INSA é responsável pelo grupo de trabalho dedicado à comunicação, disseminação e sinergias (WP3), que tem como principal objetivo potenciar o impacto da PARC junto de grupos-alvo a nível nacional, europeu e internacional, através da divulgação dos resultados produzidos. Este grupo de trabalho visa ainda promover sinergias e colaborações com outras iniciativas científicas a nível nacional e internacional na área da avaliação de risco.
Fonte: INSA
Em 2022 foram diagnosticados 804 novos casos de infeção por VIH, o que representa uma tendência decrescente que já se verifica desde o ano 2000, revela o Relatório Infeção por VIH em Portugal – 2023, hoje apresentado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
O documento, que faz o retrato sobre a evolução da infeção em Portugal e é apresentado na semana em que se assinala o Dia Mundial da SIDA, dá nota da redução de 56% no número de novos casos de infeção por VIH e de 74% em novos casos de SIDA entre 2013 e 2022.
Quanto ao diagnóstico, o mesmo foi tardio em 57,2% dos novos casos (com CD4<350 células/mm3), valor que ascende a 69,9% para as pessoas com idade igual ou superior a 50 anos.
Os números refletem que a maioria (75,5%) dos novos casos registou-se em homens (3 casos por cada caso em mulheres) e a mediana das idades à data do diagnóstico foi de 37 anos. A taxa de diagnóstico mais elevada situa-se no grupo dos 25-29 anos, com 54,5% dos novos casos de infeção por VIH. A Área Metropolitana de Lisboa, seguida da região do Algarve, apresentam a taxa de novos diagnósticos mais elevada.
Embora a transmissão heterossexual se mantenha como a mais frequente (47,7%), os casos em homens que têm sexo com homens (HSH) corresponderam à maioria dos novos diagnósticos em homens (61,8%).
Foram comunicados 151 óbitos em 2022 em pessoas que viviam com VIH, sendo que na maioria (51,7%) destes casos o diagnóstico da infeção tinha ocorrido há mais de 15 anos. A idade mediana ao óbito foi de 60 anos.
No ano de 2023 assinalam-se quatro décadas da epidemia de VIH em Portugal. Ao longo destes quarenta anos foram notificados 66 061 casos de infeção, dos quais 23 637 atingiram o estádio SIDA e foram reportados 15 779óbitos em pessoas que viviam com VIH. Estimou-se que no final de 2021 viveriam em Portugal 45 532 pessoas com infeção por VIH, 94,4% das quais já conheciam o seu diagnóstico.
Este ano também se comemoram 30 anos do Programa Troca de Seringas, responsável pela distribuição de mais de 64 milhões de seringas, que resultou numa redução da proporção de novos diagnósticos no grupo de pessoas que utilizam drogas por via injetável. Entre 2013 e 2022, observou-se uma redução de 84% dos novos diagnósticos nesta população.
Em 2022, registaram-se aumentos expressivos tanto no número de testes para VIH efetuados no país - cerca de 70 mil através de testes rápidos e mais de 370 mil em testes laboratoriais com prescrição do Serviço Nacional de Saúde - como no número de pessoas que usaram Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), com aproximadamente 4 500 pessoas a receberam-na pelo menos uma vez no ano, 2 161 das quais pela primeira vez na vida.
O estigma e a discriminação associados à infeção por VIH persistem, com quatro em cada dez pessoas a referirem terem sido alvo de algum tipo de discriminação social e 15% a reportarem já ter sofrido alguma situação de violação dos seus direitos, de acordo com o Índice do Estigma das Pessoas que Vivem com VIH.
Fonte: DGS
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