Plano Inverno do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde apresentou o plano estratégico com medidas que preparam o SNS para responder a este período de maior circulação de vírus respiratórios.

 

“Este plano nasce para proteger a saúde de todos, para diminuir a ocorrência de infeções respiratórias, a necessidade de recurso aos cuidados de saúde, o impacto na produtividade, as hospitalizações e, claro, as mortes”, disse a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, na apresentação do “Plano Estratégico do Ministério da Saúde: Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023”.

 

O plano, apresentado no dia 23 de novembro, em Lisboa, prepara a resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para os próximos meses, período de maior circulação de vírus respiratórios, e assenta em quatro eixos:

 

Vigilância epidemiológica de infeções respiratórias e monitorização do sistema de saúde;

 

  • Medidas de prevenção e contenção;
  • Prestação de cuidados de saúde;
  • Comunicação e envolvimento da comunidade.

 


“Queremos, em primeiro lugar, que as pessoas tenham um acesso fácil à informação de que serviços estão abertos, em que horas”, disse a Secretária de Estado da Promoção da Saúde. Por isso, o Portal do SNS passa a disponibilizar informação atualizada sobre os centros de saúde com horário alargado ou com atendimentos suplementares, para evitar a sobrelotação das urgências hospitalares, recomendando-se, contudo, o contacto telefónico com o SNS24 para uma resposta mais adaptada a cada situação.

 

O Plano Estratégico do Ministério da Saúde contempla ainda medidas concretas para os Serviços de Urgência, cujo objetivo é “melhorar o movimento e a fluidez” dentro destes serviços. Para Margarida Tavares, é fundamental que acorram às urgências hospitalares “aqueles que mais necessitam e só esses, mas também que sejam internados rapidamente”. Neste sentido, o plano prevê equipas de coordenação integradas de todas as vagas em cada hospital, o que pode permitir “o internamento mais rápido” do doente que necessita de permanecer no hospital após o episódio de urgência.

 

Por sua vez, o Ministro da Saúde anunciou que a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados tem já 500 vagas para receber doentes que estão internados por razões sociais, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo. Manuel Pizarro garantiu estar a trabalhar para alargar este número, “algo absolutamente essencial”. Estas vagas resultam de um trabalho conjunto com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com as Misericórdias e as instituições particulares de solidariedade social.

 

Foram ainda anunciadas medidas destinadas especificamente à população idosa e mais vulnerável. Entre elas está o fortalecimento do programa de transição entre a alta hospitalar e a resposta social, alargando a capacidade de resposta do setor social contratado pelo Estado e agilizando assim a saída daqueles que já não necessitam de cuidados clínicos dentro do hospital.

 

Vão também continuar a ser “vigiados ativamente” os surtos nas estruturas residenciais para idosos (ERPI) ou similares, locais de maior vulnerabilidade, sendo novidade a criação de um serviço de telessaúde para apoio a profissionais de referência nas unidades, nas ERPI, e equipas específicas de profissionais dos agrupamentos de centros de saúde ou dos hospitais que ativamente acorram aos lares de idosos para evitar descompensações e eventuais deslocações evitáveis aos cuidados de saúde.

 

Margarida Tavares reforçou que cada serviço de urgência “tem um plano de contingência específico” para evitar o problema da retenção das ambulâncias à porta da urgência. “Queremos operacionalizar a Via Verde ACES, ou seja, que cada serviço, cada hospital, tenha uma via verde de referenciação de doentes não urgentes, classificados como verdes e azuis para consultas rápidas marcadas rapidamente em menos de 24 horas no seu centro de saúde”, acrescentou.

 

A Secretária de Estado reforçou ainda a importância de “assegurar níveis elevados de vacinação e de reforço”, anunciando, durante a apresentação do plano, que os maiores de 65 anos passam a poder tomar a dose de reforço da vacina contra a COVID-19 e a vacina da gripe na modalidade de “casa aberta”. Foi ainda salientado que o uso de máscaras continua a ser importante, sobretudo, em ambientes fechados ou quando a pessoa tem sintomas respiratórios.

 

Consulte o Plano Estratégico do Ministério da Saúde para a Resposta Sazonal em Saúde aqui.

 

Fonte: SNS

imagem do post do Plano Inverno do Ministério da Saúde
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