23-10-2022

Tempo médio para acionamento do primeiro meio é de 3 minutos

Entre os meses de janeiro e agosto de 2022, o INEM regista um total de 931.685 acionamentos com um tempo médio de resposta para acionamento do primeiro meio de apenas 3 minutos. De notar que o(s) meio(s) de emergência só podem ser acionados depois de realizada a triagem clínica dos pedidos recebidos através do Número Europeu de Emergência – 112.


Analisando em detalhe os primeiros oito meses de 2022, conclui-se que:


  • O INEM acionou o primeiro meio de emergência em menos de 30 minutos (até 00h29m59s) em 99,859% das situações com acionamento de meios (P1+P3), sendo que para 90% destas situações o meio foi acionado até 5 minutos. Discriminando entre P3 e P1, verificamos que os acionamentos feitos em menos de 30 minutos foram de 99,851% para os P3 e 99,936% para os P1. Tal significa que, para os P1, o tempo para acionamento foi igual ou superior a 30 minutos em 0,064% das situações.
  • Se considerarmos os acionamentos entre 30 minutos e uma hora (entre 00h30m00s e 00h59m59s), os acionamentos foram feitos em 0,016% das situações. Discriminando entre P3 e P1, os acionamentos foram de 0,012% para os P3 e de 0,047% para os P1.
  • Os acionamentos feitos em mais de uma hora (01h00m00s ou mais) foram 0,125%. Discriminando entre P3 e P1, os acionamentos foram de 0,136% para os P3 e de 0,017% para os P1.


Assim, para as situações classificadas como emergentes (P1), foram menos de duas por dia aquelas que aguardaram mais de uma hora pelo envio de um meio de emergência. No entanto, tem que ser clarificado que esta percentagem mínima (0,017%) inclui todas as ocorrências cuja prioridade foi alterada de P3 para P1 (a triagem inicial classificou a situação como P3 mas após nova informação recebida – com agravamento de sintomas por exemplo, ou após avaliação da(s) vítima(s) pelas equipas no local – a classificação passou a P1), bem como situações de acionamentos diferidos de helicópteros e outros meios para transportes inter-hospitalares de doentes críticos, também classificadas como P1 (a ficha da ocorrência é criada mas o envio do meio só é efetivado quando estão criadas as condições para que isso aconteça: necessidade de confirmação prévia por parte do CODU do momento em que a vaga está disponível ou que as camas/unidades de destino estão devidamente preparadas, o que requer algum tempo quando se trata de vagas em Unidades de Cuidados Intensivos, por exemplo, entre outras situações).
Todas estas situações, que se verificam com alguma regularidade na atividade diária de emergência médica, contribuem naturalmente para um aumento do tempo de resposta para acionamento do meio de emergência.
Em termos globais, e para o período em análise (janeiro a agosto de 2022) o tempo médio de resposta do INEM para acionamento do primeiro meio é de 3 minutos.


Uma das funções primordiais do Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM é priorizar as ocorrências, garantindo que os meios de emergência são enviados o mais rapidamente possível para as situações identificadas como P1 (emergentes). Recorde-se que o sistema de triagem médica em funcionamento nos CODU prioriza as ocorrências da seguinte forma:


Prioridade 1: Ocorrência que comporta risco imediato de vida e origina o envio de meio(s) de emergência médica de nível Suporte Avançado de Vida e/ou Suporte Imediato de Vida (considera vítima emergente/crítica que carece de intervenção imediata).
Prioridade 3: Ocorrência que origina o envio de meio(s) de emergência médica de nível Suporte Básico de Vida (considera vítima urgente que carece de intervenção dentro de uma janela temporal ligeiramente superior à anterior).
Prioridade 5: As chamadas em que a triagem não determine o envio de meio(s) de emergência nem a transferência da chamada para o CIAV ou para o Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise, são reencaminhadas para o SNS24.
Outras prioridades: Informação às autoridades, ao Comando Distrital de Operações de Socorro CDOS, conferência com CIAV (Centro de Informações Antivenenos) ou Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC).


Anualmente, o INEM e os seus parceiros no Sistema Integrado de Emergência Médica, Bombeiros e Cruz Vermelha Portuguesa, dão resposta a mais de 1.3 milhões de pedidos de ajuda. Os últimos dados apurados dão conta de uma taxa de satisfação dos utentes superior a 95%, a que se junta um número de reclamações residual (200 reclamações recebidas em 2021) face à atividade desenvolvida (mais de 1 milhão e 370 mil chamadas de emergência atendidas e mais de 1 milhão de meios acionados), reflexo da dedicação, da competência e do empenho de todos os operacionais do INEM e dos parceiros no trabalho diário de prestação de cuidados de emergência médica pré-hospitalares a todos os cidadãos que deles necessitam.

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