ANEPC com Programa de Desfibrilhação Automática Externa licenciado pelo INEM
No dia 23 de junho, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) assinaram um protocolo para licenciamento do Programa de Desfibrilhação Automática Externa (Programa de DAE).
Com vista a garantir a operacionalidade do Programa de DAE, o acordo assinado prevê que o INEM assegure a formação em Suporte Básico de Vida (SBV) e Desfibrilhação Automática Externa dos profissionais da ANEPC, que serão integrados na bolsa de Operacionais de DAE (ODAE) do Programa de DAE do INEM. O INEM vai ainda assegurar a auditoria médica e o controlo de qualidade da utilização dos equipamentos de DAE, bem como a sua manutenção.
À ANEPC compete indicar um responsável local pelo Programa, ao qual caberá a responsabilidade de monitorizar e garantir a manutenção da operacionalidade do mesmo, assegurando, entre outros aspetos, a existência de uma escala de Operacionais que contemple a existência de pelo menos um Operacional de DAE nas instalações da sede da ANEPC, em Carnaxide, a cada momento, garantindo desta forma a sua pronta utilização sempre que necessário.
Compete ainda à ANEPC assegurar as condições para que os Operacionais realizem, às vítimas de paragem cardiorrespiratória, manobras de SBV e administrem o primeiro choque com DAE nos três minutos após o colapso.
A morte súbita de causa cardíaca representa cerca de 20% de todas as mortes provocadas por doenças cardiovasculares, as quais constituem a principal causa de morte em Portugal. A maior parte dos episódios de morte súbita de causa cardíaca resulta da ocorrência de arritmias malignas, que em cerca de 75% dos casos corresponde à fibrilhação ventricular e cujo único tratamento eficaz em caso de paragem cardíaca é a desfibrilhação elétrica.
Vários estudos internacionais têm revelado que a aplicação de manobras de SBV e DAE, em ambiente extra-hospitalar, por pessoal não médico, aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas de paragem cardíaca por fibrilhação ventricular, com especial relevância quando são imediatamente iniciadas manobras de reanimação e administrado o primeiro choque nos três minutos após o colapso.
Mais informação sobre o Programa Nacional de DAE aqui.
