29-09-2021

Dia Mundial do Coração: INEM encaminhou 597 doentes através da Via Verde Coronária

Entre janeiro e agosto de 2021, 597 casos de Enfarte Agudo do Miocárdio (EAM) foram devidamente encaminhados para tratamento hospitalar pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), através da Via Verde Coronária. Por ocasião do Dia Mundial do Coração, o INEM recorda a importância de se reconhecer os sintomas desta doença súbita e sublinha que ligar o Número Europeu de Emergência – 112 e transmitir as informações de forma clara é o procedimento mais adequado para o correto encaminhamento destes doentes.


Nos primeiros oito meses de 2021, o INEM registou 597 casos de EAM encaminhados através da Via Verde Coronária. Os dados estatísticos revelam que, em 72,8% dos casos, decorreram menos de duas horas entre a identificação dos sinais e sintomas e o encaminhamento da vítima através desta Via Verde. Já em 21,6% dos casos, o contacto através do 112 foi efetuado entre as duas e as doze horas de evolução da sintomatologia. Os restantes 5,5% dizem respeito a situações com mais de doze horas de evolução.


Os dados do INEM referentes ao período entre janeiro e agosto de 2021 indicam ainda que é na população de género masculino que se verifica uma maior incidência desta doença súbita, com 505 casos registados.


Dor no peito de início súbito, com ou sem irradiação ao membro superior esquerdo, costas ou mandíbula, suores frios intensos, acompanhados de náuseas e vómitos são alguns dos sinais que podem indicar um EAM. O INEM reforça que o reconhecimento precoce destes sinais e sintomas deve motivar de imediato o contacto com o Número Europeu de Emergência – 112. Esta é a via preferencial através do qual os cidadãos devem pedir ajuda, dado que reduz o intervalo de tempo até ao início da avaliação, diagnóstico, terapêutica e agilização do transporte para unidade hospitalar mais adequada.


Através da triagem clínica feita pelos profissionais do INEM, as vítimas de EAM são encaminhadas para os Hospitais adequados, permitindo um tratamento mais rápido e, consequentemente, mais eficaz nas unidades de cuidados intensivos coronários ou salas de hemodinâmica. O encaminhamento dos doentes através desta Via Verde é feito com base em critérios clínicos específicos, visando o tratamento precoce de determinados tipos de EAM, em que é possível a desobstrução mecânica da(s) artéria(s) coronárias, através da realização de um procedimento terapêutico específico – angioplastia primária. Esta intervenção deve ser realizada o mais rapidamente possível, apenas sendo eficaz quando realizada num curto intervalo de tempo após o início dos sintomas. Assim, o contacto com o 112 imediatamente após o início dos sintomas é fundamental para garantir maior eficácia no tratamento do EAM.


Em termos geográficos, os distritos onde se verificou a maior incidência de doentes encaminhados através da VVC foram Porto, Lisboa e Faro, com 136, 129 e 48 casos, respetivamente. Em particular, o Hospital de São João – Porto (87 doentes), o Hospital de Braga (64 doentes), o Hospital de Faro (49 doentes), o Hospital de São Francisco Xavier – Lisboa (42 doentes) e o Hospital São José – Lisboa (40 doentes), foram as unidades hospitalares que receberam o maior número de doentes com EAM encaminhados pelo INEM através desta Via Verde.


O EAM é uma das principais causas de morte em Portugal, ocorrendo quando se dá uma interrupção súbita, prolongada e total ou quase total, da perfusão sanguínea coronária, essencial para garantir o funcionamento do coração. Se a causa da interrupção da perfusão coronária não for revertida rapidamente, as células cardíacas da(s) zona(s) do coração afetada(s) acabam por morrer, o que acontece ao fim de poucas horas.


A realização de exames médicos de rotina, os hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária são algumas das formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão.
Existem ainda alguns conselhos importantes para se proceder perante a suspeita de um EAM: manter uma atitude calma, sentar o doente, evitar que este faça qualquer tipo de esforço físico, tais como levantar-se, caminhar ou até falar. Estes procedimentos simples podem estabilizar a situação e retardar ou impedir a evolução do EAM.

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