Dia Mundial da Prevenção do Suicídio: relembre os sinais de alarme e saiba o que fazer para ajudar
A tentativa de suicídio é um pedido de ajuda que nunca deve ser ignorado. O Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) recorda quais os sinais de alarme que lhe permitem identificar e ajudar uma pessoa em risco.
Os comportamentos suicidas ocorrem como resposta a uma situação que a pessoa vê como devastadora e cuja única solução aparente é a morte.
As pessoas lidam de diferentes formas com o sofrimento e, apesar de possuírem vários sinais de risco, não significa que cometam o suicídio.
Assim, é importante estar atento aos seguintes sinais de alarme:
- Abandona amigos e/ou atividades sociais;
- Perde o interesse em hobbies, trabalho, escola, etc.;
- Não consegue assumir as responsabilidades diárias;
- Apresenta um estado emocional alterado ou instável (agitação, irritabilidade, descontrolo, agressividade);
- Tem um plano de suicídio estruturado;
- Prepara a morte, fazendo carta de despedida ou testamento e preparativos finais;
- Oferece objetos pessoais significativos;
- Adota comportamentos de risco (e.g. consumos excessivos de álcool e/ou drogas);
- Passou recentemente por perdas/separações significativas;
- Fala sobre a morte e morrer;
- Tentou o suicídio anteriormente.
Se se identifica com alguns dos sinais de alarme é importante:
- Reconhecer que necessita de ajuda. Todos nós, em algum momento das nossas vidas, necessitamos de ajuda;
- Procure alguém da sua confiança para falar. Falar com alguém ajuda a pensar em alternativas para os problemas;
- Poderá necessitar de ajuda profissional. Fale com o seu médico assistente sobre o que está a sentir e a pensar.
- Poderá necessitar de medicação ou de psicoterapia para o ajudar a ultrapassar o problema;
- Se sentir que não está a conseguir controlar os seus impulsos e que poderá colocar-se em risco, ligue 112.
No caso de reconhecer estes sinais de alarme em alguém que lhe é próximo, eis alguns conselhos para ajudar:
- Crie proximidade sem colocar-se em risco, tente estabelecer uma relação de confiança;
- Procure escutar, sem fazer juízos de valor;
- Demonstre interesse em ajudar;
- Permita que a pessoa expresse os seus sentimentos (por exemplo, raiva, tristeza, revolta);
- Tente perceber se existe um plano de suicídio;
- Nunca deixe a pessoa sozinha;
- Procure envolver outras pessoas (colegas, familiares, …);
- Encoraje a procurar ajuda profissional;
- Procure estabelecer com a pessoa um plano de ajuda;
- Caso avalie risco de suicídio, não hesite, ligue 112.
- Consulte e partilhe a brochura do CAPIC sobre prevenção do suicídio.
Assinalado a 10 de setembro, o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio pretende alertar para este flagêlo que continua a ser responsável por cerca de 800 mil mortes a cada ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Visite o portal Prevenir Suicídio do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde para aceder a mais recursos.
