COVID-19 | Efetividade das vacinas contra internamentos e óbitos
Um estudo epidemiológico realizado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com a colaboração dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e da Direção-Geral da Saúde (DGS), sobre a efetividade das vacinas RNA mensageiro (mRNA) contra a COVID-19 revelou que as vacinas conferem uma proteção substancial contra internamentos e óbitos relacionados com o vírus SARS-CoV-2 após o esquema vacinal completo. De acordo com o mesmo estudo, não foi observada redução da efetividade das vacinas mRNA contra internamentos e óbitos até três meses depois da toma da segunda dose, em pessoas com 80 ou mais anos de idade.
O estudo de coorte foi desenvolvido com base na ligação de oito sistemas de informação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e apurou que, no grupo etário entre os 65 e os 79 anos, a efetividade da vacina contra internamentos foi de 94% e de 82% para os indivíduos com 80 ou mais anos de idade. Já em relação aos óbitos associados à COVID-19, os investigadores estimaram uma efetividade vacinal de 96% e 81%, respetivamente.
O estudo permitiu ainda testar a hipótese de redução da efetividade da vacina até três meses depois da toma da segunda dose, para o grupo de pessoas com 80 ou mais anos de idade (por ser este o grupo vacinado há mais tempo), não tendo os resultados deste trabalho mostrado evidência de redução da efetividade destas vacinas contra internamentos e óbitos associados à COVID-19 durante este período de tempo.
Desenvolvido pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com os SPMS e a Direção de Serviços de Informação e Análise da DGS, o estudo compreendeu o período entre fevereiro e agosto de 2021 e abarcou cerca de 1,9 milhões de pessoas com 65 ou mais anos, através do cruzamento e análise dos dados registados em oito sistemas de informação do SNS, entre os quais a Plataforma Nacional de Registo e Gestão da Vacinação (VACINAS), o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (BI-SINAVE) e o Sistema de Informação dos Certificados de Óbito (SICO).
Para o desenvolvimento deste estudo, foram ainda utilizados dados provenientes do Sistema de Informação e Monitorização do SNS (SIM@SNS) e da Plataforma de Monitorização de Cuidados Primários a Pacientes COVID-19 em Isolamento (BI-TRACE COVID-19), assim como das bases de dados de Utentes do SNS, da Prescrição Eletrónica Médica e das Altas Hospitalares.
Fonte: INSA
