Perguntas e Respostas
PROCESSOS
Porquê um verbete em papel e não digital?
Esta é a versão em papel do verbete digital inserido no novo software iTeams. Assim, caso ainda não tenham acesso ao programa ou o equipamento esteja inacessível (sem bateria, por exemplo), o registo continua a ser feito no mesmo formato. É fundamental estarmos preparados para uma situação em que soluções tecnológicas/eletrónicas não funcionem.
Quando estará disponível a versão digital em todos os meios operacionais?
O iTeams já se encontra em utilização em muitos meios e é objetivo que seja implementado a nível nacional. O INEM encontra-se a desenvolver soluções tecnológicas que permitam a simplificação de registo e segurança dos dados e vários processos que aumentem não só a acessibilidade dos operacionais como o cruzamento de várias plataformas que permitam um serviço público mais eficiente.
Já posso começar a usar este verbete?
Sim, o verbete já se encontra em utilização, sendo que devem começar a ser utilizados logo que terminem os stocks das anteriores versões.
Como pode ser requisitado?
Por correio eletrónico, de acordo com o rácio de consumo (Porto: glo.norte@inem.pt, Coimbra: glo.centro@inem.pt, Lisboa: verbetes.st@inem.pt ou Faro: glo.algarve@inem.pt) e posterior levantamento nas nossas instalações.
Este verbete substitui o anterior?
Sim, o INEM já deixou de produzir o modelo anterior e passou a disponibilizar apenas este, recomendando o seu uso em substituição de qualquer outro formato para uniformização nacional dos registos.
Este verbete substitui a Ficha de Registo Nacional de PCR?
Não. Continua a ser necessário realizar todo o procedimento do Registo Nacional de PCR.
Este verbete é para todos os parceiros do SIEM?
Sim, é recomendado que seja usado por todos os meios e parceiros do SIEM, sejam eles de SBV, SIV ou SAV, Corpos de Bombeiros, Cruz Vermelha Portuguesa ou outros.
Para cada vítima um verbete?
Sim. É um registo clínico, com dados confidenciais, pelo que a cada verbete corresponde apenas os dados de uma vítima/doente.
Quais os possíveis fins de cada duplicado?
Original para o INEM, duplicado entregue na unidade de saúde ou ao utente, caso rejeite o transporte/tratamento e triplicado para o meio.
É suposto preenchermos apenas o que é da nossa competência, certo?
Sim. Cada profissional deve preencher apenas o que se enquadre nas suas competências.
Posso propor melhorias?
Sim, todas as propostas de melhoria são bem vindas. Depois de leres bem todas as respostas, fundamenta bem a tua proposta e remete para inem@inem.pt. O verbete é melhorado periodicamente e tendo em conta as propostas recebidas.
PREENCHIMENTO
O que é o N.º de Evento? (Não aplicável na Versão 3 e seguintes)
É o N.º CODU, caso seja um serviço CODU, mas dado que o verbete pode ser usado noutras realidades, pode ser associado a outro tipo de registo, seja ele considerado episódio/ocorrência/interno de saída/…
Como devem ser preenchidos os campos “Entidade” e “Meio”?
Alguns exemplos (Entidade/Meio): INEM/AEM Lx1, Hospital de Cascais/VMER, B.V.Amadora/ABSC2, CVP Vilar Formoso/PEM, …
O antigo registo de hora de chegada ao local desapareceu, agora conta apenas a chegada à vítima?
Sim, é o mesmo registo. Se eventualmente a chegada à vítima seja condicionada no local por razões alheias à equipa, tal deve constar nas observações, mas conta apenas o momento de contacto com a vítima.
Posso usar as abreviaturas habituais no CHAMU e observações, por exemplo?
Sim, lembrando que acima de tudo a informação tem de ser facilmente interpretada por todos os profissionais de saúde que lhe acedam.
O registo de oximetria é antes ou depois de colocar o oxigénio?
Se na mesma linha de registo ambos os campos estiverem preenchidos, assume-se que a oximetria registada foi com oxigénio aplicado. Por exemplo, se ao chegar o doente estiver a fazer oxigénio no domicílio, deve ser colocado no campo “O2 Sup.” esse débito e registar igualmente a SpO2. Desta forma, fica registado que o valor estava a ser influenciado pela presença do oxigénio. Caso o primeiro valor de SpO2 tenha sido numa vítima sem O2, este valor deve ficar numa linha e após o administrar, deve registar o novo valor de SpO2 numa nova linha, para que desta forma se perceba a evolução no tempo.
O que deve constar no campo “Situação de risco”?
Este campo é destinado à descrição de situações de risco identificadas pela equipa: condição social frágil, insuficiência alimentar, violência doméstica presenciada, etc. Este registo não invalida todo o restante processo que se considere adequado, mas faz prova da identificação da situação se necessário.
Quem deve preencher e o que deve constar em “Fármaco”?
Cada meio preenche o seu próprio verbete de acordo com os respetivos procedimentos/competências. Entenda-se, no verbete de um PEM não consta a terapêutica administrada pela VMER no local. Ou seja, caso a VMER não acompanhe o doente à unidade de saúde, esta deve facultar à tripulação da ambulância responsável pelo transporte a cópia do verbete onde registou tudo o que foi administrado e realizado ao doente, para posterior anexo ao seu processo clínico.
Devo traçar todos os campos não utilizados?
Sim. Deve-se registar tudo o que foi realizado e traçar os campos vazios.
Transporte Primário é entre local e unidade de saúde, certo?
Sim. Uma vez que este verbete é transversal a todos os meios de emergência, existem situações em que o transporte é realizado não entre o local e a unidade de saúde de destino (Transporte Primário), mas entre unidades de saúde (Transporte Secundário). Ou seja, o transporte secundário é, por norma, programado no sentido de dar continuidade a um determinado tratamento e não decorre de uma nova situação de emergência.
Tenho de registar o número de episódio da Unidade de Saúde que recebe o doente?
É o número de episódio da unidade de saúde que recebe a vítima/doente que confirma o registo da sua entrada, pelo que deve constar no Verbete Nacional de Socorro.
Nas observações é suposto fazer um resumo?
As observações têm como objetivo acrescentar informação que não tenha sido registada anteriormente ou que seja considerada útil (ex: outros meios no local, presença de autoridade, identificação do meio que verificou o óbito, etc…).
O que é o Tipo de Emergência? (Não aplicável na Versão 3 e seguintes)
A potencial emergência médica identificada (dor no peito de origem cardíaca, fratura do membro superior, suspeita de AVC,…) ou hipótese de diagnóstico, no caso de preenchido por médico.
ESCALAS
O que é a Escala NEWS?
A escala NEWS é uma escala de alerta precoce do estado clínico do doente, com base em pontos obtidos através dos parâmetros vitais. No fundo, define quão crítica é uma vítima numa escala de 0 a 18.
Informação detalhada aqui: Silcock, D. J., Corfield, A. R., Gowens, P. A., & Rooney, K. D. (2015). Validation of the National Early Warning Score in the prehospital setting. Resuscitation, 89(C), 31–35. Williams, T. A., Tohira, H., Finn, J., Perkins, G. D., & Ho, K. M. (2016). The ability of early warning scores (EWS) to detect critical illness in the prehospital setting: A systematic review. Resuscitation, 102, 35–43. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2016.02.011Ahttps://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2014.12.029
Como se calcula a escala NEWS?
Depois de avaliar estado de consciência e sinais vitais, identifica-se no quadro da NEWS a quadricula á qual corresponde o respetivo sinal vital. A cada intervalo de valores corresponde uma pontuação entre 0 e 3. No final soma-se a totalidade da pontuação e de acordo com esse somatório, configura-se a vítima como verde (1 a 4), amarelo (5 ou se algum dos valores avaliados isoladamente tiver pontuação =3) ou vermelho (7). Não se usam outros dados, como dor ou glicemia, porque não está assim definido.
Quando deve ser usada a escala NEWS?
Sempre que possível, sendo que deve ser vista como um auxiliar de validação do doente crítico, não substituindo nenhum dos critérios definidos para pedido de apoio diferenciado. Não é aplicável em menores de 16 anos ou grávidas.
Muda alguma coisa na forma de avaliar o doente ou na passagem de dados ao CODU?
Não. A abordagem é realizada exatamente da mesma forma e caso identifique critérios de gravidade compatíveis com vítima critica não atrase o pedido de ajuda diferenciada. A NEWS deve ser vista como um instrumento de auxílio à caraterização da condição clínica do doente que em conjunto com os outros parâmetros poderá ou não validar a decisão médica de envio de apoio diferenciado.
Porque não se optou pela Escala NEWS2?
Porque no entender do INEM ainda não há evidência que configure a segurança necessária à NEWS2 para a sua adoção.
Informação detalhada aqui: Pimentel, M. A. F., Redfern, O. C., Gerry, S., Collins, G. S., Malycha, J., Prytherch, D., … Watkinson, P. J. (2019). A comparison of the ability of the National Early Warning Score and the National Early Warning Score 2 to identify patients at risk of in-hospital mortality: A multi-centre database study. Resuscitation, 134(September 2018), 147–156. https://doi.org/10.1016/j.resuscitation.2018.09.026
RECUSA DE TRANSPORTE / TRATAMENTO
Em caso de recusa de tratamento/transporte, o doente tem direito a ficar com o duplicado assinado?
Sim, em caso de recusa de tratamento/transporte e após assinar devidamente o impresso (nas versões 1 e 2 é necessário assinar original e duplicado), o utente tem direito a ficar com o duplicado do documento que seria entregue na unidade de saúde. Todavia, caso recuse o tratamento, mas autorize o transporte, o duplicado é entregue à unidade de saúde.
Mas o duplicado tem todos os dados e procedimentos realizados.
Sim, pelo que deve ser corretamente preenchido e disponibilizado a quem assina o documento para que tenha total conhecimento da condição e consciência da recusa. Este procedimento protege os profissionais.
Se preencher os dados no iTeams e o utente recusar transporte/tratamento, tenho de preencher um verbete em papel?
Não, caso o doente não queira cópia de procedimentos. Nesse caso deve usar o impresso exclusivo para recusas de transporte/tratamento, que inclui tradução em várias línguas, disponível aqui.
Sim, caso o doente queira cópia de procedimentos.
Quando é que uso o impresso exclusivo para recusa de transporte/tratamento em vez do verbete?
A pessoa apenas tem de assinar um dos dois: verbete (caso tenha sido preenchido) ou impresso de recusa (caso tenha usado o iTeams ou por questões de idioma).
QUESTÕES SOBRE ASSINATURAS E CARIMBOS
O médico da VMER tem de assinar o verbete de outro meio?
Não, ele realiza e assina o seu próprio registo.
O verbete tem de ser assinado por alguém da Unidade de Saúde (administrativo, enfermeiro, médico,…)?
Não. O documento apenas tem de ser assinado pelo responsável do meio, sendo que o caso deve ser devidamente transmitido ao profissional de saúde que o recebe e a cópia do verbete entregue para tratamento por parte da unidade de saúde.
O verbete tem de ser carimbado na unidade de saúde?
Não. O pagamento do serviço não é confirmado pelo carimbo da unidade de saúde e o registo do número de episódio de entrada configura por si só a transferência de responsabilidade sobre o utente.
Um verbete tem sempre de ser assinado?
Sim. A responsabilidade dos dados recolhidos e dos procedimentos realizados é associada ao responsável do meio identificado. Por isso não se responsabilize por algo que não fez, desconheça ou não seja da sua competência profissional.