Doentes no domicílio podem fazer autorreporte dos sintomas

O Secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, revelou que a atualização da Norma 004/2020 da Direção-Geral da Saúde, que será publicada em breve, permitirá que os doentes que recuperam no domicílio façam o autorreporte dos sintomas, o que alivia a pressão sobre os profissionais de saúde.

 

Em declarações aos jornalistas na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia da COVID-19, o responsável explicou que esta alteração “permitirá aos doentes a recuperar no domicílio fazer autorreporte, o que vai aliviar a pressão sobre os profissionais de saúde, nomeadamente médicos de família”.

 

Desta forma, destacou, estes profissionais podem “direcionar o tempo disponível para outras atividades igualmente importantes, não descurando o caráter primordial desta tarefa”.

 

Lacerda Sales lembrou que foram “contratados cerca de 4500 profissionais de saúde para reforçar o Serviço Nacional de Saúde” desde o início da pandemia, e existe a preocupação de lhes dar “as melhores condições para que continuem a desempenhar as suas funções o melhor possível”.

 

A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, esclareceu que esta ferramenta se destina apenas aos doentes que cumpram um conjunto de condições, entre as quais apresentar um quadro clínico estável, ter menos de 60 anos e ter capacidade de utilizar ferramentas tecnológicas.

 

Segundo a especialista em saúde pública, as equipas de saúde fazem uma triagem prévia dos doentes que estão em casa e decidem quem está em condições para poder fazer em autorreporte.

 

Na plataforma TraceCovid, os utentes podem reportar os seus sintomas ou falta deles: “Se está bem, se tem tosse se tem febre, se melhorou ou piorou”, explicou Graça Freitas. A partir daí, as equipas de saúde verificam se é necessário outro tipo de intervenção. No entanto, ressalvou, dar os resultados dos testes ou dar alta ao doente continua a ser uma tarefa dos profissionais de saúde.

 

Na sua intervenção inicial, o Secretário de Estado reconheceu que “o que todos gostaríamos era de ter nesta fase todas as respostas, mas a verdade é que continuamos a percorrer um caminho que vai tão longo que às vezes nos faz esquecer o ponto de partida”.

 

Se tivesse de escolher uma palavra para definir a fase em que estamos agora, o Secretário de Estado escolheria “preparação”. “Estamos mais preparados e conseguimos, por isso, preparar-nos melhor”, justificou.

 

“Numa primeira fase estivemos a reagir. Agora essa reação vem acompanhada de experiência, ainda sem se saber tudo, mas já sabendo mais, antecipando melhor os cenários e garantindo respostas mais adequadas num processo de melhoria e correções contínuas”, afirmou, destacando o papel dos portugueses e dos profissionais de saúde.

 

Fonte: DGS

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