Viseira não dispensa utilização de máscara
O alerta foi deixado esta segunda-feira pela Diretora-Geral da Saúde na conferência de imprensa de atualização dos dados da pandemia de COVID-19: “A viseira não é um método que dispense a utilização de uma máscara”.
Questionada sobre a eficácia das viseiras, Graça Freitas explicou que este tipo de equipamento “protege muito bem os olhos e o nariz, mas já não protege tão bem – porque é aberto em baixo – gotículas expelidas através do espirro, da tosse e até mesmo da fala”.
Por isso, conclui, “tendo a sua utilidade, [a viseira] deverá ser usada complementarmente com método barreira que permita tapar a boca e o nariz”.
Independentemente dos métodos barreira usados, ressalvou a responsável, as regras de controlo de infeção usadas até à data são para manter. “Com máscara ou sem máscara, com viseira ou sem viseira, a regra do distanciamento físico mantém-se. Temos que continuar a ter a disciplina de, mesmo com o método barreira, manter o distanciamento”, assinalou a especialista em saúde pública.
Adicionalmente, recordou, “também se mantém a regra da higiene das mãos, uma vez que todos sabemos que as mãos são o grande veículo de transmissão dos vírus do nariz e da boca para outras partes do corpo, para as superfícies, objetos”. Tal como “também não podem ser esquecidas as questões relacionadas com a etiqueta respiratória”.
No que diz respeito à utilização das máscaras, a Diretora-Geral da Saúde frisou que “deve cobrir a boca e o nariz e não deve ser manuseada”.
De acordo com o relatório epidemiológico publicado esta segunda-feira pela Direção-Geral da Saúde (DGS), Portugal regista 25.524 casos confirmados de COVID-19, o que representa mais 242 do que no dia de ontem (mais 1%). Por outro lado, verificam-se 813 casos em internamento (menos 43), dos quais 143 em unidades de Cuidados Intensivos (menos 1).
O boletim indica ainda a existência de 1.712 casos de recuperação e 1.063 óbitos. Neste momento, a taxa de letalidade global é de 4.2% e de 14.9% acima dos 70 anos.
Fonte: DGS
