TEPH do INEM concluem segunda fase de formação para as novas competências.
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) concluiu no passado dia 25 de outubro a segunda fase do primeiro curso de formação para as novas competências dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar (TEPH). Esta formação pretende requalificar os TEPH do INEM, contratados antes da publicação da legislação, com as competências previstas na lei que regulamenta esta carreira especial.
A formação irá servir de modelo para os cursos de transição dos cerca de 800 TEPH do INEM contratados antes de 2016. Esta formação contempla três fases distintas com cerca de 230 horas de formação à distância, 70 horas de formação presencial e 70 horas de estágios com supervisão médica.
Todos os momentos avaliativos são presenciais, sob supervisão de médicos com competência em Emergência Médica atribuída pela Ordem dos Médicos e os TEPH terão que obter uma nota mínima de 15 valores, numa escala de 0 a 20, para terem aproveitamento positivo
Em abril de 2016 foi publicado o Decreto-Lei n. 19/2016 que procedeu à revisão da carreira de técnico de ambulância de emergência do INEM e criou e definiu o regime carreira especial de TEPH. A carreira especial de TEPH do INEM veio criar e definir um modelo de referência em toda a atuação na área da emergência médica pré-hospitalar e reflete um modelo de organização de recursos humanos do INEM essencial à qualidade da prestação de cuidados de saúde e de segurança nos procedimentos.
Estes procedimentos (atos assistenciais) devem ser instituídos pelos TEPH em situações em que o doente se encontre em risco de vida iminente ou de perda de membro e em que a não tentativa de realização imediata de qualquer uma destas intervenções por parte do TEPH, possa condicionar a sobrevivência daquela pessoa ou a sua qualidade de vida futura. Os atos assistenciais, nomeadamente a administração de medicação, são limitados a situações em que o doente se encontre em risco iminente de vida ou de perda de membro, em que a não tentativa de realização de qualquer uma destas tarefas no imediato possa claramente condicionar a sua sobrevivência ou a qualidade de vida futura e/ou que a chegada em tempo útil de suporte avançado de vida não permita evitar essa situação. Estes atos apenas podem ser praticados depois da validação por parte dos Médicos do CODU, conforme acontece nos restantes meios de emergência médica que não incluem um médico, nomeadamente nas Ambulâncias de Suporte Imediato de Vida.
Os TEPH são profissionais do INEM que atuam no âmbito da Emergência Médica, nomeadamente em ambiente pré-hospitalar, e são profissionais fundamentais da rede de emergência médica do país porque asseguram a primeira resposta às situações de emergência médica pré-hospitalar. A sua ação pode ser determinante para a sobrevivência de pessoas com doença súbita ou que se encontrem em situação de emergência clínica, nomeadamente vítimas de situações traumáticas.
Os TEPH atuam em função de algoritmos de decisão médica definidos pelo INEM e aprovados pela Ordem dos Médicos, sob supervisão médica do CODU.
