Portugal na linha da frente da erradicação da Poliomielite.
Assinala-se hoje, dia 24 de outubro, o Dia Mundial da Poliomielite. Neste dia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relembra que o esforço pela eliminação da poliomielite deve continuar até que todo o mundo seja declarado livre da doença.
Portugal aderiu à iniciativa mundial de Erradicação da Poliomielite em 1988, comprometendo-se a eliminar a doença e a circulação do vírus no País.
O Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite foi implementado em 1995 prevendo, entre outros critérios, a manutenção de elevadas coberturas vacinais e a existência de um sistema nacional de vigilância clínica, laboratorial e epidemiológica da Paralisia Flácida Aguda (PFA) em <15 anos de idade (gold standard) de forma a permitir a deteção atempada de casos.
Em 2015, o vírus da Poliomielite tipo 2 foi considerado erradicado, pela OMS. Desde 2012, que não existe evidência, a nível mundial, da circulação do vírus da Poliomielite tipo 3. Atualmente, ainda existe circulação do vírus da Poliomielite tipo 1, estando confinado a três países (Afeganistão, Paquistão e Nigéria).
O Programa Nacional da Erradicação da Poliomielite é avaliado anualmente pela Comissão Nacional para a Certificação da Erradicação da Poliomielite e pela Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia, da OMS.
Em 2018, a Comissão para a Certificação da Erradicação da Poliomielite da Região Europeia, da OMS avaliou Portugal com baixo risco de importação de casos de Poliomielite.
Os sucessos ora alcançados resultam de uma forte aposta no Programa Nacional de Erradicação da Poliomielite e no Programa Nacional de Vacinação, ambos coordenados pela Direção-Geral da Saúde (DGS) contando com a articulação com os serviços de saúde.
Continuam os esforços globais para a erradicação mundial da Poliomielite.
A saber
A poliomielite é uma doença provocada por um vírus, que pode provocar meningite, paragem respiratória, a morte e nalguns casos, a paralisia permanente com deformações (atrofia) de pernas, braços ou ambos. Não existe tratamento específico para esta doença. Está descrito que mais de um quarto das pessoas que tiveram poliomielite paralítica na infância pode desenvolver novos sintomas até 30 a 40 anos depois da doença.
Fonte: SNS
