Programas de Desfibrilhação Automática Externa licenciados pelo INEM em crescimento
O número de programas de Desfibrilhação Automática Externa (DAE) licenciados pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) tem vindo a aumentar de forma progressiva, denotando a aplicação da legislação em vigor, designadamente do Decreto-Lei 184 de 2012 que veio tornar obrigatória a instalação de equipamentos de DAE em determinados locais de acesso público, nomeadamente nos estabelecimentos comerciais de dimensão relevante.
Portugal tem atualmente 2.453 Desfibrilhadores Automáticos Externos (DAE) licenciados pelo INEM. Aeroportos, centros comerciais, hipermercados, bancos, aeronaves, casinos, e unidades hoteleiras são alguns dos locais onde podem encontrar-se desfibrilhadores, fruto também do empenho e preocupação de empresas e/ou instituições que, com elevada responsabilidade social, consideram o acesso à desfibrilhação automática externa uma importante mais-valia no reforço da Cadeia de Sobrevivência no nosso país.
No que se refere aos números de Programas de DAE licenciados pelo INEM, contam-se:
- 2.120 Espaços Públicos, Ambulâncias ou Viaturas tripuladas por operacionais não pertencentes ao INEM
- 2.453 Equipamentos de DAE
- 24.176 Operacionais de DAE
Já em 2018, através do Despacho n.º2745/2018, o Governo criou o Grupo de Trabalho para Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa (GT -RDAE) que teve como missão a análise do PNDAE e a elaboração de um relatório com propostas devidamente fundamentadas que permitissem desenvolver e disseminar a utilização de DAE em Portugal e melhorar o acesso das vítimas em paragem cardiorrespiratória a esta medida life saving.
O Relatório produzido pelo GT-RDAE enalteceu o trabalho desenvolvido pelas entidades ao longo dos nove anos de existência do PNDAE e elencou quatro grandes temas aos quais se associam as mais importantes propostas de trabalho, identificadas como essenciais para a melhoria na capacidade de resposta a vítimas de paragem cardiorrespiratória:
- O âmbito do PNDAE
• As prioridades para a formação de grupos profissionais em DAE
• Os registos de PCR e utilização de DAE
• A sensibilização do público para o uso de DAE
A morte súbita cardíaca é causada por uma arritmia cardíaca chamada fibrilhação ventricular, que impede o coração de bombear o sangue. O único tratamento eficaz para a fibrilhação é a desfibrilhação elétrica que consiste na administração de choques elétricos ao coração parado, possibilitando que o ritmo cardíaco volte ao normal. Nestes casos, a probabilidade de sobrevivência é tanto maior quanto menor for o tempo decorrido entre a fibrilhação e a desfibrilhação. A experiência internacional demonstra que em ambiente extra-hospitalar, a utilização de desfibrilhadores automáticos externos (DAE) por pessoal não médico aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas.
Vários estudos internacionais têm revelado que a aplicação de manobras de SBV e DAE, em ambiente extra-hospitalar, por pessoal não médico, aumenta significativamente a probabilidade de sobrevivência das vítimas de paragem cardíaca por fibrilhação ventricular, com especial relevância quando são imediatamente iniciadas manobras de reanimação e administrado o primeiro choque nos três minutos após o colapso.
O DAE é um dispositivo portátil que permite, através de elétrodos adesivos colocados no tórax de uma vítima em situação de paragem cardiorrespiratória, analisar o ritmo cardíaco e recomendar ou não um choque elétrico. O DAE regista som, eletrocardiograma, fornece indicações aos reanimadores, analisa os dados e indica o choque ou não, segundo o algoritmo pré-definido.
Mais informação sobre o Programa Nacional de DAE aqui.
