INEM, SPC e CPR assinam protocolo de colaboração para criação de Registo Nacional de PCR
Foi assinado no passado dia 3 de agosto, na sede do INEM em Lisboa, um protocolo entre o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) e o Conselho Português de Ressuscitação (CPR) para a criação de um Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória através do qual seja possível conhecer melhor a realidade nacional e planear ações futuras, nomeadamente no que diz respeito à disponibilização do acesso à desfibrilhação precoce, um dos elos da Cadeia de Sobrevivência.
A assinatura deste protocolo surge na sequência de uma das conclusões do Grupo de Trabalho para a Requalificação do Programa Nacional de Desfibrilhação Automática Externa que defende a criação de um Registo Nacional de Paragem Cardiorrespiratória (PCR) para o qual devem contribuir todas as entidades (públicas ou privadas) com responsabilidades na resposta a casos de PCR.
No mencionado texto elaborado pelo Grupo de Trabalho são deixadas sugestões para três iniciativas no que diz respeito aos registos de PCR:
1) A elaboração dum registo nacional contínuo de PCR abertos a todas as entidades interessadas em contribuir para o mesmo;
2) A realização dum registo piloto (tipo snapshot) a efetuar em curtos períodos de tempo e em locais selecionados no país, no qual seriam registados todos os detalhes dos casos de PCR deste o conhecimento do perfil prévio das vítimas, aos detalhes do eventos propriamente dito mas também do seguimento dos casos em que tenha sido conseguido a recuperação das vítimas, incluindo os dados intra-hospitalares, da alta hospitalar e do follow-up;
3) A inclusão dos registos nacionais de PCR no registo europeu EuReCa.
O INEM, pelo seu papel central na resposta à emergência médica pré-hospitalar no território continental, o CPR na qualidade de representante nacional do European Resuscitation Council, e a SPC que tem um interesse óbvio no conhecimento da realidade nacional relacionada com a morte súbita cardiovascular, são três das entidades com interesses convergentes e que deram desta forma um passo importante para melhor caraterizar os casos de PCR em território nacional.
O protocolo agora assinado cria desta forma as bases para uma colaboração entre as três entidades signatárias para a concretização dos registos propostos, assumindo-se assim como um marco histórico que pretende lançar a “primeira pedra” para a concretização de um registo nacional universal de PCR.
